Justiça cobra informações do Google sobre captura de redes Wi-Fi no Brasil

Uma juíza da 23ª vara cível de Brasília concedeu na terça-feira (9) liminar que obriga o Google a prestar informações sobre uma possível invasão de redes Wi-Fi no Brasil durante mapeamento de ruas para a ferramenta Street View. A ação foi movida pelo Instituto Brasileiro de Direito da Informática (IBDI).

Na coleta de informações para o Street View, o equipamento do Google teria se comunicado com os roteadores do Wi-Fi (com redes sem senha) e coletado informações como senhas e e-mails. Tecnicamente não se trata de uma invasão, já que a rede dos internautas não estava protegida por senha, mas sim aberta.

O caso começou em maio de 2010, quando foi descoberto que carros do Google Street View haviam coletado e-mails, senhas e outros dados transmitidos em redes sem fio de várias cidades do mundo. Os carros foram usados pelo Google para fotografar casas e ruas para seus mapas e, ao circular pelas cidades, armazenavam informações transmitidas em redes sem fio desprotegidas.

Logo após a descoberta da falha, autoridades europeias e americanas iniciaram investigações. O Google admitiu a falha e afirmou que um problema de software havia sido a causa da coleta indevida. A empresa afirmou ainda que iria cooperar com as autoridades para eliminar os dados coletados de forma definitiva e transparente até o fim de 2010.

Até o ano passado, o Google foi cobrado a apagar os dados coletados indevidamente na Inglaterra . A empresa já foi condenada a pagar uma multa de US$ 7 milhões para resolver o caso nos Estados Unidos.

No caso brasileira, a empresa pode recorrer da decisão. Caso não consiga derrubar a liminar, terá de prestar as informações no prazo de cinco dias a partir do ajuntamento de comprovante de recebimento do mandado judicial ao processo, sob pena de multa diária de R$ 15 mil.

Sérgio Palomares, advogado do IBDI, quer detalhes sobre a falha. ” Como a própria empresa já declarou que a invasão aconteceu , queremos saber o que foi feito com estes dados, e se foram acessadas apenas redes abertas ou também redes com senha”.

De acordo com Palomares, a empresa já confirmou que a invasão também aconteceu no Brasil. Mas, perguntado sobre o documento que comprove esta questão, o advogado diz que, como faz parte do processo, não pode ser compartilhado no momento.

Histórico

Palomares conta que em 10 de abril deste ano enviou a primeira notificação à empresa, questionando se a invasão também teria acontecido no Brasil. “Diante de uma resposta positiva, decidimos enviar uma segunda notificação em 10 de junho, cobrando esclarecimentos. Mas, desta vez, a empresa se negou a responder”, conta. Como consequência, o instituto optou pela ação judicial.

O advogado ressalta que a ação movida pelo instituto é anterior aos fatos relacionados à espionagem no País , mas que o momento é “delicado”. “As notícias recentes nos chamam a atenção sobre até onde a invasão de privacidade proporcionada pelo Google Street View pode ter relação com as notícias, e até onde as corporações se prestam a serviços para governantes”. O intuito, diz, é “tirar dúvidas”.

Palomares estima que em duas semanas será possível acompanhar o desenrolar da decisão. O mandado judicial, que foi finalizado na sexta-feira passada (12) seria enviado ao Google neste início da semana.

Em resposta, o Google afirma que “sempre se preocupa com o respeito à privacidade”. Segundo a empresa, em nota, “todos os aspectos relacionados à coleta de dados no projeto Street View foram endereçados tão logo identificados em 2010, e não há nenhum fato novo. ”

fonte: Marília Almeida – iG São Paulo

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Espionagem americana ameaça a soberania do Brasil

O jornal O Globo revelou, com base em documentos secretos divulgados no mês passado pelo norte-americano Edward Snowden, que cidadãos e empresas que usam no Brasil a rede mundial de internet são espionados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, a NSA, em conjunto com a CIA. Na segunda-feira (8), o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, pediu que a Anatel e a Polícia Federal investiguem quando e como ocorreram as espionagens e se as agências tiveram apoio de empresas que atuam no Brasil.

No dia 6 de junho, o jornal britânico The Guardian, primeiro a divulgar os vazamentos de Snowden, informou como opera a NSA. Um programa de computador dá à agência acesso a e-mails, chats online e chamadas de voz dos usuários dos serviços da Apple, Facebook, Google e Microsoft, entre outros, e tem parceria com uma grande telefônica dos Estados Unidos que mantém relações de negócios com serviços telefônicos no Brasil e noutros países.

Segundo O Globo, em janeiro passado o Brasil ficou pouco atrás dos Estados Unidos, que teve 2,3 bilhões de telefonemas e mensagens espionados. Hoje está absolutamente claro que a soberania do país e a privacidade do cidadão brasileiro estão em xeque, afirmou na segunda a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), requereu uma audiência pública para esclarecer as denúncias. Quer convidar o embaixador dos EUA, Thomas Shannon, e o jornalista Glen Greenwald, correspondente do The Guardian, no Rio, que primeiro recebeu os documentos secretos enviados por Snowden.

Greenwald acredita que o Brasil teria sido usado como ponte para que os espiões dos EUA conseguissem acesso aos sistemas de países mais protegidos, como China e Irã. A base montada em Brasília era também usada por agentes do Special Collection Service, que fazem espionagem através de satélites de outros países. O Brasil não possui ainda legislação sobre direitos e deveres no uso da internet.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que vai pedir à União Internacional de Telecomunicações, órgão da ONU, novas regras visando à privacidade dos usuários da internet. Podem cair no vazio. Os EUA têm 14 agências de espionagem. Só a NSA, criada há 61 anos e reforçada pelos governos Bush e Obama, emprega 35 mil funcionários. É muita gente xeretando secretamente a vida dos outros. (Hoje em Dia)

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Google recebe ultimato do Reino Unido para modificar política de privacidade

O Escritório do Comissário da Informação do Reino Unido (ICO, na sigla em inglês) deu prazo de até 20 de setembro para que o Google modifique sua política de privacidade em conformidade com a Lei de Proteção de Dados no Reino Unido. Caso não cumpra a exigência, o gigante das buscas receberá uma ação formal de execução, segundo comunicado emitido pelo ICO não última quinta-feira, 4.

“Escrevemos ao Google para confirmar nossas descobertas relacionadas à atualização da política de privacidade da empresa. Em nossa carta, confirmamos que sua política de privacidade atualizada levanta sérias questões sobre a adequação à Lei de Proteção de Dados do Reino Unido”, informa o comunicado. “Particularmente, acreditamos que a política atualizada não fornece informações suficientes para permitir que os usuários de serviços do Google no Reino Unido entendam como os seus dados serão usados em todos os produtos da empresa. O Google deve, agora, alterar a sua política de privacidade para torná-la mais informativa aos usuários de serviços individuais. Deixar de tomar as medidas necessárias para melhorar a conformidade da política à Lei de Proteção de Dados até 20 de setembro deixará a companhia aberta para a possibilidade de uma ação formal de execução”, enfatiza o órgão.

No mês passado, a Agência Reguladora de Proteção de Dados da França (CNIL, na sigla em francês) também fez um ultimato ao gigante das buscas, dando três meses para que cumpra as determinações feitas pelo órgão. O Google, no entanto, insiste em dizer que sua política de privacidade “respeita a legislação europeia”, permitindo a criação de serviços mais simples e eficazes. “Nos envolvemos plenamente com as autoridades em todo este processo, e vamos continuar a fazê-lo daqui para frente”, disse um porta-voz da empresa ao jornal britânico The Guardian. Contudo, ele não explicou como a política poderia simultaneamente respeitar o direito europeu e ser alvo de censura de cinco autoridades de privacidade europeias.

Entenda o caso

Em 2012, o Google comprou briga com as autoridades europeias após colocar em prática sua nova política de privacidade. Desde então, o gigante das buscas vem ignorando as exigências feitas por órgãos reguladores de diversos países, apesar de pedir prazo para realizar as modificações.

Em abril, a CNIL declarou que, por conta do descumprimento do prazo de quatro meses para cumprir as exigências impostas a partir da data da avaliação do órgão regulador, as autoridades de proteção de dados de cada país do bloco continuariam as investigações de forma individual, o que pode aumentar as sanções caso a companhia não cumpra as determinações de cada autoridade.

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FTC alerta sites de buscas para que deixem claro resultados patrocinados por anúncio

A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) enviou carta alertando os sites de buscas para deixarem de forma bem visível a diferença entre resultados de buscas “naturais” dos resultados patrocinados por anúncios. O órgão destacou que ultimamente a diferenciação entre os dois casos tem sido menos perceptível aos consumidores, “principalmente quando a propaganda está localizada imediatamente acima dos resultados naturais”.

A FTC argumenta que recente pesquisa de uma companhia de estratégias de buscas identificou que quase metade dos usuários não reconhece os anúncios no topo da página como distinção dos anúncios naturais. Apesar de não citar nenhum site de buscas específico, a carta adverte as empresas afirmando que “os consumidores normalmente esperam que os resultados de pesquisas naturais estejam incluídos e classificados com base na relevância para uma consulta, e não com base no pagamento de um terceiro. Incluindo ou classificando um resultado de pesquisa, no todo ou em parte, com base no pagamento, é uma forma de publicidade. Para evitar a possibilidade de fraude, o consumidor deve ser capaz de distinguir facilmente um resultado natural de um pago oferecido pelo motor de busca”, diz o órgão.

Entre as empresas de busca, o Google é o que mais sofre pressão de órgãos reguladores para modificar a forma que apresenta os resultados. A FTC encerrou, em janeiro, investigação envolvendo a companhia sobre a forma como apresenta seus resultados, acusada de privilegiar seu próprios serviços e adotar práticas anticompetitivas. O gigante das buscas também sofre pressão de órgãos europeus envolvendo o resultado de buscas.

Fonte: Tiinside

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STJ exige abertura de dados do Gmail, mas Google diz ser “impossível” cumprir ordem

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou nesta quarta-feira, 5, que o Google Brasil cumpra ordem judicial de quebra de sigilo das comunicações por e-mail. O caso corre sob sigilo judicial e diz respeito às comunicações feitas por um investigado de crimes, entre eles os de formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa, fraude à licitação, lavagem de dinheiro, advocacia administrativa e tráfico de influência.

O Google diz ser “impossível” cumpir a ordem porque os dados estão armazenados nos Estados Unidos, por isso estão sujeitos à legislação americana, a qual considera ilícita a medida. A ministra Laurita Vaz, relatora da decisão, não aceita a justificativa da companhia. “Ora, o que se pretende é a entrega de mensagens remetidas e recebidas por brasileiros em território nacional, envolvendo supostos crimes submetidos induvidosamente à jurisdição brasileira”, assinalou, considerando “seríssimos” os fatos narrados no processo.

Com o prazo de dez dias para o cumprimento da ordem, sob pena de multa diária de R$ 50 mil, o Google indicou a via diplomática para a obtenção dessas informações com menção ao acordo de assistência judiciária em matéria penal em vigor entre o Brasil e os Estados Unidos (Decreto 3.810/2001). Por meio da assessoria de imprensa, o Google afirmou que não é a primeira vez que a empresa recebe este tipo de solicitação. “O Google reconhece sua responsabilidade de auxiliar as autoridades em seus esforços para combater o crime, mas precisamos fazê-lo nos termos do Tratado de Assistência Judiciária Mútua entre o Brasil e os Estados Unidos (MLAT). O Tratado estabelece o processo aplicável para a requisição do conteúdo de mensagens eletrônicas e já foi utilizado pelo Brasil diversas vezes”, diz o comunicado enviado à TI Inside Online.

“Nenhum obstáculo material”

Na decisão, Laurita destacou que a ordem pode ser perfeitamente cumprida em território brasileiro. “Nenhum obstáculo material há para que se viabilize o acesso remoto aos dados armazenados em servidor da empresa Google pela controlada no Brasil, atendidos, evidentemente, os limites da lei brasileira”, afirmou. Como foi submetida às leis brasileiras, a companhia deve se submeter a essa legislação, não podendo invocar leis americanas para se esquivar do cumprimento de requisição judicial. “Não se pode admitir que uma empresa se estabeleça no país, explore o lucrativo serviço de troca de mensagens por meio da internet – o que lhe é absolutamente lícito –, mas se esquive de cumprir as leis locais.”

Notícia atualizada dia 06.06.2013, às 16h17

fonte tiinside

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Centro Brasileiro de Perícia deverá lançar um chat com garantia de confidencialidade

O CBP – Centro Brasileiro de Perícia, deverá lançar um chat, para garantir que as pessoas possam trocar informações sem correr o risco de ter a conversa bisbilhotada.

As recentes notícias de que a Microsoft poderia estar espionando as mensagens do Skype não é nenhuma surpresa para nós, informou Paulo Cesar Breim, diretor do Centro Brasileiro de Perícia. Nas diversas perícias que fizemos, tivemos a oportunidade de constatar que os programas de chat são muito vulneráveis e não existe garantia que os criadores “guardem segredo” das conversas. Isso vale também para os softwares de celular, incluindo o BBM da Blackberry.

John Douglas Rowell, sócio de Paulo Breim, acrescenta: Vamos disponibilizar um servidor (auditável) que utilize softwares open source, com camada de autenticação e criptografia, sem armazenamento das mensagens que trafegam entre um usuário e outro.
Qualquer usuário poderá utilizar esse serviço de forma gratuita.

O CBP já está aceitando email de pessoas interessadas em ter uma conta com segurança.

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Microsoft pode estar “espionando” suas mensagens no Skype

A empresa verifica regularmente o conteúdo das mensagens enviadas por meio do serviço em busca de sinais de fraude, mas o que é feito com as informações dessas verificações é desconhecido

Se você tem quaisquer expectativas sobre a privacidade de suas comunicações no Skype, você pode querer reavaliá-las. A Microsoft parece estar “espionando” as mensagens do seu serviço por razões de segurança, de acordo com o Ars Technica.

A empresa verifica regularmente o conteúdo das mensagens enviadas por meio do serviço em busca de sinais de fraude, mas o que é feito com as informações dessas verificações – se são armazenadas indefinidamente ou destruídas – é desconhecido.

Achados semelhantes foram publicados pela The H Security na semana passada. “O Skype usa varredura automatizada dentro de mensagens instantâneas para identificar mensagens indesejadas e endereços de sites que tenham sido previamente marcados como spam, fraude ou phishing”, disse o porta-voz da empresa, James Blamey, por e-mail.

No entanto, a H Security afirmou que a Microsoft parece estar deixando as URLs HTTP intocadas durante a verificação de URLs HTTPS. URLs HTTPS são normalmente ligadas a sites seguros, e não a spam.

A descoberta pela Ars Technica e pelo pesquisador de segurança independente, Ashkan Soltani, levanta questões sobre a privacidade das comunicações no Skype.

É também uma potencial bomba para a Microsoft, que tem mantido uma grande campanha de marketing – chamada de “Scroogled” – que ataca a verificação do conteúdo das mensagens do Gmail pelo Google, para direcionar os anúncios a leitores dessas comunicações webmail.

O que isso significa
O que essas descobertas recentes querem dizer é que os usuários do Skype já não podem esperar que os seus chats e chamadas sejam privadas, disse Solvani.

“A expectativa era de que o que eu escrevo para você, será somente para você”, disse ele à PCWorld. “No entanto, esta descoberta mostra que a Microsoft é capaz de monitorar isso.”

Além disso, uma vez que a empresa coleta dados de uma mensagem, não está claro o que ela faz com eles. Também não é conhecido o local onde os dados estão sendo reunidos. “Se eles estão monitorando URLs no bate-papo, o que mais eles podem monitorar? Eles podem gravar todas as suas conversas?”, disse Solvani.

Se for esse o caso, continuou, a Microsoft poderia ser obrigada por um governo a ativar o monitoramento de um usuário, caso suspeite de alguma irregularidade.

“Até agora, não tínhamos dados para mostrar que a Microsoft tem essa capacidade”, disse ele. “Agora temos.”

Um pouco de história
A segurança de privacidade do Skype foi questionada no início deste ano por uma série de grupos de direitos civis, incluindo a Frontier Foundation e Reporters without Borders.

“Muitos de seus usuários contam com o Skype para proteger suas comunicações – sejam eles ativistas que operam em países governados por regimes autoritários, sejam jornalistas que se comunicam com fontes sensíveis, ou usuários que desejam conversar em particular com parceiros de negócios, familiares ou amigos”, escreveram os grupos em uma carta aberta, dirigida ao Skype e a funcionários da Microsoft.

A carta continua: “é lamentável que esses usuários, e aqueles que os aconselham sobre as melhores práticas de segurança, trabalhem em face às declarações persistentemente pouco claras e confusas sobre o sigilo das conversas do Skype e, em particular, sobre o acesso que os governos e terceiros têm a dados do usuário e de comunicação.”

Esta última revelação sobre o Skype não fará as questões em torno da privacidade e de segurança no sistema mais claras.

John P. Mello Jr., PC World / EUA

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Falhas em firmware de roteador permitem a cracker “espionar” vítima

Se você usa câmeras de vídeo IP da D-Link, pode querer prestar atenção a isso. Tais dispositivos, usados para vigilância, têm vulnerabilidades no firmware que poderia permitir a um cracker interceptar o fluxo de vídeo, de acordo com pesquisadores de segurança.

A empresa de segurança Core Security, especializada em detecção de vulnerabilidade e pesquisa, publicou na segunda-feira (29) detalhes sobre cinco falhas encontradas no firmware da D-Link, que é implementado em pelo menos 14 produtos da empresa.

A D-Link fabrica uma variedade de câmeras conectadas à Internet e as vende para empresas e consumidores. Os dispositivos podem gravar imagens e vídeos e ser controlados por meio de paineis de controle web. Transmissões ao vivo pode ser vistas em alguns dispositivos móveis.

Um dos modelos mais vulneráveis​​, o DCS-5605/DCS-5635, tem um recurso de detecção de movimento – que a D-Link recomenda em seus marteriais de marketing para uso em bancos, hospitais e escritórios.

Os pesquisadores da Core Security identificaram que era possível acessar, sem autenticação, um fluxo de vídeo ao vivo via RTSP (protocolo de streaming em tempo real), bem como uma saída ASCII de um fluxo de vídeo nos modelos afetados. O RTSP é um protocolo de nível de aplicação para a transferência de dados em tempo real, de acordo com a Internet Engineering Task Force.

Os pesquisadores também encontraram um problema no painel de controle web, que permitiria a um cracker dar comandos arbitrários. Em outra falha, as credenciais de login fortemente codificadas no firmware da D-Link “efetivamente serve como um backdoor, que permite que atacantes remotos acessem o stream de vídeo RTSP”, disse a Core Security em comunicado.

Os detalhes técnicos estão descritos em um post no fórum Full Disclosure, juntamente com uma lista dos produtos afetados conhecidos, alguns deles eliminados pela D-Link.

A empresa de segurança notificou a D-Link sobre o problema em 29 de março, de acordo com um registro da interação das duas companhias anexado à postagem no Full Disclosure.

A D-Link teria informado que os patches estavam prontos e seriam liberados “nos próximos dias” no seu site. No entanto, a empresa não respondeu imediatamente a pedidos para comentar sobre o caso e não ficou claro a partir de fórum de suporte da empresa, se as atualizações de firmware foram liberadas ao público.

A Core Security creditou seus pesquisadores Francisco Falcon, Nahuel Riva, Martin Rocha, Juan Cotta, Pablo Santamaria e Fernando Miranda por encontrar os problemas.

Jeremy Kirk,

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Grupo chinês ataca empresas de jogos online e rouba certificados digitais

A equipe de especialistas da Kaspersky Lab divulgou na quinta-feira (11) a descoberta de uma campanha de espionagem virtual realizada pela organização cibercriminosa conhecida como “Winnti”. De acordo com o relatório, o grupo tem atacado empresas do setor de jogos online desde 2009 e continua em atividade.

O objetivo do Winnti é roubar certificados digitais assinados por fornecedores legítimos de software, além de roubar propriedade intelectual, inclusive o código fonte de projetos de jogos online.

O primeiro incidente que chamou atenção para as atividades maliciosas do grupo ocorreu em 2011, quando foi detectado um Cavalo de Troia em um grande número de computadores de usuários finais em todo o mundo. A ligação evidente entre os computadores infectados era que todos eles foram usados para jogar um conhecido jogo online.

Logo após o incidente, surgiram informações de que o programa malicioso que tinha infectado as máquinas fazia parte de uma atualização regular do servidor oficial da empresa de jogos. Os usuários infectados e participantes da comunidade de jogos suspeitaram que o editor do game estava instalando o malware para espionar seus clientes. Contudo, mais tarde ficou claro que o programa malicioso foi instalado nos PCs dos jogadores por acidente e que, na verdade, os cibercriminosos visavam a própria empresa de jogos.

Como resposta, o editor do jogo de computador, proprietário dos servidores que disseminaram o malware solicitou à Kaspersky Lab que analisasse o programa malicioso. O vírus consistia em uma biblioteca DLL compilada para ambientes Windows de 64 bits que usava um drive malicioso com uma assinatura digital válida. Tratava-se de uma ferramenta de administração remota (RAT) totalmente funcional, que dava aos invasores a possibilidade de controlar os computadores das vítimas sem o conhecimento dos usuários.

Esse foi o primeiro Trojan identificado para a versão de 64 bits do Windows com uma assinatura digital válida.

Os especialistas da Kaspersky Lab começaram a analisar a campanha do Winnti e descobriram que mais de 30 empresas do setor de games foram afetadas pelo grupo, sendo que a maioria delas era formada por companhias de desenvolvimento de software que produziam jogos de vídeo games online no sudeste da Ásia.

No entanto, também foram identificadas vítimas na Alemanha, nos Estados Unidos, no Japão, na China, na Rússia, no Brasil, no Peru e na Bielorrússia.

Além da espionagem industrial, os especialistas da Kaspersky Lab identificaram três esquemas principais de monetização que poderiam ser usados pelo grupo Winnti para gerar lucros ilegais:

• A manipulação da acumulação de pontos no jogo, como “moedas” ou “ouro”, que são usados pelos jogadores para converter o dinheiro virtual em dinheiro real;
• O uso do código-fonte roubado dos servidores de jogos online para buscar vulnerabilidades nos jogos, com o intuito de facilitar e acelerar a manipulação e acumulação das moedas sem levantar suspeitas;
• O uso do código-fonte roubado dos servidores de jogos online para implementar seus próprios servidores pirata;

O grupo Winnti ainda está ativo e a investigação da Kaspersky Lab continua em andamento. A equipe de especialistas da empresa tem trabalhado em conjunto com a comunidade de segurança de TI, o setor de jogos online e autoridades de certificação para identificar outros servidores infectados, auxiliando ainda na revogação dos certificados digitais roubados.

Fonte: idgnow

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TSE rejeita pedido do Google e mantém processo contra a companhia

O Tribunal Superior Eleitoral negou a retirada do processo aberto contra o diretor geral do Google Brasil, Edmundo Luiz Pinto Balthazar. O caso data do ano passado, com ordem da justiça da Paraíba após a companhia se negar a retirar um vídeo do YouTube, considerado ofensivo pelo então candidato à prefeitura de Campina Grande Romero Rodrigues (PSDB).

No último sábado, 23, o departamento jurídico do Google enviou um pedido de questionamento da responsabilidade criminal no caso. Na visão da companhia, como o material foi suspenso do ar alguns dias depois da decisão judicial, não há razões para que o processo contra o escritório no Brasil seja mantido.

Em nota, a assessoria do Google Brasil afirmou que “não há motivos para persecução criminal” porque a ordem judicial de remoção de conteúdo já havia sido cumprida. Assim, no entendimento da empresa, “não houve qualquer desobediência por seus executivos”. Com informações da Agência Brasil.

fonte ttinside

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